O novo vem embalado a vácuo
Depois que te embrulhar o estomago não me invente de empacotar no mesmo saco.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Te vi com olhos de rato, como quem olha pro queijo na ratoeira. Um queijo passado do ponto, de odor que contorce meu intestino delgado. Fiquei a espreita no aguardo da sua ida sem voltas e mais voltas no mesmo lugar, cachorro que brinca com o rabo, cobra em circulo que ao mesmo tempo que se come é alimento, fiquei a te observar com três pernadas e meias, descalça. Fiquei. Te olhei com olhos selvagens e rangir de dentes, só esperando, só sabendo o momento de tão previsível aconteceria. Te olhei como se olha pra quaisquer coisa, como que fofoca. Não dóis. Te olhei com os olhos da cara que tanto me custaram. Você e açai. Menina de cabelo cacheado e umas tatuagens, e você açando aí, bem no meio das pernas, querendo gosmar na boca e achar engraçado. Não é. Nunca foi. Você perdeu a graça porque teu corpo é dado, que se joga pro lado que quiser. Qualquer coisa de qualquer uma de qualquer encontro de nada. Sua mão desliza na dela como já deslizou na minha, como já deslizou nas suas exs algumas coisas. Não escrevo por ter deixado coisas caírem de minha cara ou por ter espremido a espinha que guardo no meio do peito, escrevo porque acho importante colocar para fora o que um dia já esteve de passagem por dentro.
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
28/11
AMOSTRA
GRÁTIS
Vesti aquela blusinha amarelinha
Infantilizada com carrinhos
que cobria até os joelhos
que cabia as milhões de mim
me vi em um espelhinho de borda laranja
naquele que tem em qualquer casa minha
em parte quadrada de rosto mostrado
resto embaixo
e aquela blusinha amarelinha
que não cabe em mim não
me devorou em pouco de tempo
espaço
e os carros que passarampor mim
foram como um asfalto nas certezas
e eu sempre soube que fui SUSpeita.
Infantilizada com carrinhos
que cobria até os joelhos
que cabia as milhões de mim
me vi em um espelhinho de borda laranja
naquele que tem em qualquer casa minha
em parte quadrada de rosto mostrado
resto embaixo
e aquela blusinha amarelinha
que não cabe em mim não
me devorou em pouco de tempo
espaço
e os carros que passaram
e eu sempre soube que fui SUSpeita.
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