domingo, 19 de julho de 2015

Rapunzel, me trepei em tua trança raio de sol
para ver de perto o meu Narciso
em teu poço sem fundo.
Revirei as catacumbas do Himalaia
no toque soproso das tuas cordas
ao som de passos de gente em marte
Rabisquei mais linhas em
minha mão direita
com uma caneta bic que não era minha
Rapunzel, desce da torre
e trás teu baralho pra a gente tirar na rua.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dilatei minhas asas antes em saco a vácuo
E se não for para voar
Que não me faça de galinha na farofa de alguém.
E o mundo que disseram que a mim pertencia
Não gira
E deixa a gira girar
É Tonta
É Torta
É Na cara
Desse lado aqui
Bem no meio da boca
Do estomago

Olho pro violão a minha frente
Sinto a afta no lábio superior do lado esquerdo
Franzo a testa
Percebo que a palavra franzir é engraçada
Martelo minha cabeça com aquela coisa de socar carne
Meus olhos pousam pro nada, e é mentira, é um chão cinza
Estou preocupada, li ontem um livro ruim
Respiro fundo
E, estou preocupada.
Sinto a idade se espremer em minha cara como tomate dentro de azeitona
Estou preocupada, bastante preocupada.